domingo, 8 de junho de 2008

Prolegômenos de um caminho quase reto. [07/06/08]

É grave! Preciso aprender a sonhar.
Nunca pensei que a esta altura da vida (que na realidade não é assim tão alta) eu chegaria à conclusão de que preciso aprender a sonhar.
Sempre fui orientada pela minha própria consciência de que o ideal seria construir objetivos a serem conquistados no decorrer da vida.
Assim, seca, fria e calculista.
Assim desde pequena e, assim, atenuando-me ao passar pela adolescência.
É grave! Eu realmente preciso sonhar.
Não digo, durante a noite, já que os meus reflexos noturnos e diários do inconsciente são muito presentes, coloridos e surreais. Falo em sonhar acordada, boba alegre e feliz da vida.
Mas penso: me falta aprender a sonhar ou ter objetivos mais definidos?
Não sei.
Sei que este é um ano de transição e de decisões e, estas últimas, estão realmente difíceis de serem iluminadas dentro dessa minha cabecinha avoada que fincou suas raízes num vaso estreito que vive sendo levado num caminhão de mudança.
É engraçado estar confusa, pq vc faz muita coisa e tem a sensação de que a vida está passando e vc ainda não fez nada.
E os dois lados estão certos.
Aos 10 anos te perguntam: qual o seu sonho?
E vc responde: costumo dizer que são objetivos de vida, não sonhos.
Uma romântica enrustida que vive se escondendo atrás de devaneios concretos e incertos.
Quero voltar pra São Paulo antes de ir a qualquer lugar ou decidir tomar outro caminho da minha vida.
Quero sentir a certeza de estar no meeeu lugar e saber que é ali o meu refúgio, poder viajar por aí, sabendo pra onde voltar.
Uma apaixonada desnaturada, que esconde sentimentos delicados e ingênuos por pura falta de prática... já não se pode chamar de insegurança ou imaturidade.
Houve, há algum tempo, um momento em que eu acreditava que os ignorantes eram mais felizes, só que a vida me mostrou que isso é um tolo engano e, essa impressão é pura e simplesmente porque evitamos nos aproximar dos problemas deles.
Taí, eu decidi este ano que não gosto de me aproximar dos problemas dos outros (dos outros "outros"), ainda mais sabendo que eu não vou poder ajudar a resolver sem me causar problemas também.
O egoísmo tem dessas.
E eu só quero saber que caminho seguir.
E nessa parte eu adoro ser bem acompanhada.
Só que sonhar é uma coisa minha comigo mesma, dentro de mim para poder fixar aquilo que eu sou, mas de maneira mais sonhadora e decidida.
Quero perder o receio de me apresentar e seguir o caminho.

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