quinta-feira, 12 de junho de 2008

[Texto interrompido e inacabado - 03/04/08]

Darling you´ve got to let me know
Should I stay or should I go?
If you say that you are mine
I'll be here 'til the end of time
So you got to let know
Should I stay or should I go?

Always tease tease tease
You're happy when I'm on my knees
One day is fine, next is black
So if you want me off your back
Well come on and let me know
Should I Stay or should I go?


Should I stay or should I go now?
Should I stay or should I go now?
If I go there will be trouble
An' if I stay it will be double
So come on and let me know

This indecision's bugging me
If you don't want me, set me free
Exactly who'm I'm supposed to be
Don't you know which clothes even fit me?
Come on and let me know
Should I cool it or should I blow?

Should I stay or should I go now?

Should I stay or should I go now?
If I go there will be trouble
And if I stay it will be double
So you gotta let me know
Should I stay or should I go?


[The Clash]

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[Música apropriada para a situação, que agora vou explicar:]

.Mudei-me para o Acre no dia 1º de janeiro de 2006, com o intuito de prestar o vestibular, para o curso ainda indefinido até aquele momento, na Universidade Federal do Acre.
.Se isso era um sonho antigo?
.Não.
.Foi uma das escolhas estranhas que fazemos na vida [acontece que foi uma escolha minha, diga-se de passagem – logo, só podia ser MUITO estranha].
.Tinha acabado de voltar da praia pra passar o Revéillon de 2005/2006 com a família na casa da avó, em Sampa City.
.A festa de virada acabou e lá fui eu conversar com pai no primeiro dia do ano... quem me conhece sabe da história: muita saudade, muitas mudanças...
.Daí chorei (ooooh, mas isso não é grande novidade).
.Só que eu chorei por pensar nos caminhos que eu deveria escolher.
.Àquela altura eu havia concluído o Ensino Médio, não tinha decidido qual curso fazer na faculdade [moda?jornalismo?ciências sociais?psicologia?] e não via o caminho para morar sozinha [o sonho] nem de levar uma vida fora da realidade diária de São Paulo [trabalho, cursinho, trem lotado, cansaço...] – não que não seja legal viver em Sampa e viver aquela agitação gostosa todo dia, mas naquele momento eu queria mais, só não sabia o quê.
.Foi quando fui para o primeiro almoço do ano, no primeiro dia do ano, na casa da vó.
.Família reunida, comida boa e...
...meus pensamentos.
.Tinha planejado tanta coisa em cima daquela realidade que eu esperava...
.Daí que eu chorei.
[Pra variar...]
.Mas dessa vez foi por sentir necessidade de expor minhas dúvidas a alguém, mas, mais ainda, por fazê-lo (às vezes - muitas vezes – prefiro guardar o que eu penso acerca do mundo com medo de que a minha opinião, sobre o mundo e as pessoas, seja diminuída por quem não entende nada do que eu tô falando, muito menos do que me levou a pensar assim).
.Contei a minha mãe o que estava pensando e depois de muitos gestos e caretas consegui dizer que não via um caminho alternativo.
.Eis que surge minha tia, que estava no quarto ouvindo – e participando – da conversa, enquanto terminava de arrumar sua mala de volta pra casa (ela aproveitou a greve da UFAC e foi passar o fim de ano em Sampa). Então, depois de ter tentado convencer uma outra tia minha e um primo a ir morar lá pelas bandas do Norte, ela soltou essa pergunta pra mim, aproximadamente às 15 horas:
“-Pri, as inscrições para o vestibular da UFAC foram prorrogadas, por que você não vai tentar o vestibular lá?”
.Eu olhei pra mãe com cara de “que vc acha?” e ela me deu um dos conselhos mais legais que já me deram: “ninguém vai viver sua vida por você!”
(Lógico que eu pensei na distância - na saudade, no irmão, na mãe, nos amigos, nos planos, nas festas em Sampa... não foi à toa que chorei como nunca tinha chorado antes. Só que, talvez, eu não tenha pensado TANTO nos quilômetros que separam Rio Branco de São Paulo.)
.Fui pra casa e peguei tudo o que tinha lá: livros, roupas, fotos, CD’s e tudo o que me pareceu importante na hora.
.Liguei pra três pessoas, na tentativa de ouvir outras opiniões. A primeira foi um amigo que eu planejava visitar, a segunda foi alguém que talvez não mereça muito destaque e, a terceira, um super amigão: o Jão. Detalhe: só consegui falar com a primeira pessoa, que levou um susto e me desejou boa sorte. Ah! E o níver do Jão era no dia seguinte...
.Não sei se a tia tinha pensando na pergunta que me fez ainda, mas às 19 horas eu já tava na rodoviária da Barra Funda chorando com minha mãe, irmão, vó, tias e primos em frente ao busão.
.Foram 3 dias de mais perguntas, pensamentos e muito, mas MUITO choro (quase empatando com o tanto de asfalto que a gente passava por cima).
.Passei rápido por muitas cidades e cansei de ver que o Brasil tem predominantemente o cerrado como paisagem.
.Na 3ª madrugada de viagem fizemos uma parada numa cidade que eu sempre pergunto o nome, mas nunca lembro, aqui na divisa com Rondônia, pra tomar a vacina contra febre amarela.
“Pô, meu, até vacina eu vou ter que tomar?”
.Algumas horas depois eu já esperava meu tio ir nos buscar na rodoviária de Rio Branco (bem menor que a rodoviária da Barra Funda... bem menor do que em cidades que não eram capitais por onde eu já tinha passado).
.Os pensamentos já tinham se perdido por entre meus miolos, tinham se batido uns aos outros... misturaram-se. Até que a única pergunta que eu tinha em mente era: “O que eu tô fazendo aqui?”
.Sabe, eu já tinha feito coisas sem pensar muito antes. Terminei namoricos do nada por motivo que só agora entendo um pouco – haha –, já tinha mudado a cor do cabelo do preto para o loiro, já tinha cortado ‘chanel’ o cabelão de anos de cultivo – bom, isso foi aos 7 anos, mas é válido – e tantas outras coisas como parar de conversar com alguém que acho que me traz mais sensações ruins do que agradáveis, de repente, sem maiores esclarecimentos [ isso eu continuo fazendo... defeito? Bom, minha história é essa]. Mas mudar pro Acre, hahaha, foi a decisão mais louca. Até meu pai só ficou sabendo quando eu tinha saído de lá (é ele não gostou, realmente, de não ter sabido antes).
.Mas enfim, eu cheguei aqui e as perguntas que foram aparecendo eu comecei a responder. A primeira: “o que eu to fazendo aqui” foi uma das mais fáceis até agora, eu vim fazer o vestibular.
.Fiz a prova com uma idéia: se passar eu fico e aprendo, se não passar eu arranjo um trabalho, consigo o dinheiro, e volto pra minha cidade.
.Pois éééé, eu passei!!!
[Opa! Esqueci de dizer: dos cursos pretendidos a UFAC só disponibiliza dois: Jornalismo e Ciências Sociais. E pensando nos Doutores da Alegria (hahaha) eu escolhi Ciências Sociais.
.Rasurei a redação e fiquei na expectativa até o último resultado se tinha conseguido ou não. Tinha estudado durante janeiro todo já que era a minha opção de lazer, obrigação e amizade na cidade nova – não tão nova , mas que de acordo com o que meus tios me disseram – e as pessoas daqui continuam dizendo: nos últimos 8 anos, a aparência de Rio Branco melhorou muito.
.Foi um trabalho bem feito esse de embelezar a cidade. Rio Branco é uma cidade bonita, à primeira vista [será que devo destacar isto?].
.Fui conhecendo alguma pessoas próximas aos meus tios, depois comecei a andar por aí... meu pai dizia: “Cuidado, você está num lugar diferente”. x)
.Meu aniversário (no meio de janeiro) eu comemorei numa festa a fantasia daqui, que todo ano tem. Me disseram que sempre tinha... e realmente sempre tem, todo ano. Uma vez por ano.
.Nossa! Que diferença das festas com os amigos pelas baladas de Sampa, a gente que saía pra conversar, pular e não ver ninguém - mesmo o local tendo muita gente, e eu rir dos outros que bebiam e eu não. Me senti deslocada, ué, era o óbvio. Culturas diferentes e pessoas com intenções diferentes. O que eu senti foi o desrespeito e o mal gosto pra música [e continuo sentindo na maioria das vezes].

.Tô nem na metade da história, com sono depois de um dia de trabalho e ainda não expliquei o que a música tem a ver com a situação.

.Você pode até achar que já sabe.
.Mas eu garanto que não, e acho melhor você acreditar nisso.

.Vou continuar, tentando ser mais breve.

.Entrei na faculdade e, no começo, a vontade era que eu já estivesse na metade do curso, conhecendo as pessoas que estavam ali na mesma sala, sabendo quem eram as pessoas que estavam ali na frente pra me mostrar coisas que eu ainda não conhecia e já mais acostumada com o lugar.

.Ahhh, mas a vida... a vida é uma caixinha de surpresas! [e quem nunca assistiu Joseph Klimber?]

.Conheci em 05 de junho de 2006 a pessoa que mais tem me mostrado que a vida é uma coisa doida com super momentos de satisfação: o Bolinha, meu namorado.

.Acreano [e algumas vezes triste por este fato da vida], me falou sobre coisas reais e me ajudou a pisar direito no chão (hahaha, gostou? Direito... Direita... Hã?... ¬¬’). Mas sentir o chão com firmeza nos faz sentir melhor as nuvens nos momentos em que caminhamos por elas.

.Bem que eu achei que tudo era um plano bolado por ele, as coisas foram acontecendo de um jeito que não tinha como eu cair fora. E numa bela noite nublada eu achei que se fosse pra gente ficar junto eu já tava deixando ele escapar. Então no outro dia a gente tava namorando. Assim, sem pedido, sem o tempo de “ficar” ou qualquer coisa do tipo. Amigos nós sempre fomos. Como ele dizia: “Se eu fosse mulher eu seria tu!” E eu me admirava por ele saber a música Coração com Buraquinhos das Chiquititas – HAHAHA! Brincadeira - mas que ele sabe, ele sabe. Eu me admiro é com a paciência e a delicadeza viril que ele tem... com a inteligência, a risada, o cabelo indeciso como o meu... aiai.

.E a faculdade continuou.
.Com as dificuldades comuns de uma universidade pública... xérox, professores que faltam...
.E principalmente: com a ideologia Marxista ferrenha destes queridíssimos e estimados professores que adoram meter na mentes de seus alunos, ávidos por conhecimento, seus sonhos e frustrações. E com essa idéia fixa tornam-se muito flexíveis e dispostos a ouvir calmamente opiniões diferentes das deles. Claro que são muito democráticos... o lema não é o social?
[A ironia é até bobinha. Dispenso comentários.]

.Conheci muita coisa que não gostei...

.Viajei p

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